domingo, 12 de abril de 2009

Dois anos do Forró do Vinho.

E assim tudo acontece, como na primeira vez, rápido, intenso e mal-acabado.
E um dos dois fica sempre se sentindo escroto, eu também me senti dois anos atrás, baby.
Assim como você troca seu piercing agora, um dia eu troco o meu também, meu lindo.
Um dia eu vou ter que parar de querer seu corpo junto ao meu, de querer ouvir um 'eu te amo' ainda que mentiroso, de querer que a bebida ou qualquer coisa me mate.
Não se preocupe, sweetheart, quem não tem mais nada, não perde nada em se perder.
E fique tranquilo, eu vou vivendo a minha vida assim, meio quebrada, meio sem chão, meio na porra louca, sem amor, sem alegria, mas é só por enquanto.
Você quer que eu te esqueça, e como ainda é de costume, eu vou te obedecer, a qualquer custo.
Só que eu ainda tremo quando você aparece, eu ainda sinto meu coração na boca quando você me toca, eu ainda perco o chão quando você me beija de supetão.
Eu só queria ficar alí mais cinco minutos, no lugar ao qual pertenço, en mi casa, e não entendi porque pra você era tão difícil, agora eu vejo que eu não sou mais o seu lar, su casa.
E perceber isso dói muito mais do que todas as outras coisas.Logo você que disse que nunca ia conseguir resistir, que nunca ia conseguir me dizer adeus.
Tudo isso deve lhe parecer muito triste e patético, eu sei.
Mas eu sei que você também faz amor comigo e isso já é motivo pra acordar feliz, mesmo que nunca mais aconteça, mesmo que nunca mais nada.
Tem coisas nessa vida pelas quais vale a pena viver e morrer só pra tocar uma vez.
É assim o amor.


Foram três anos, desculpa, mas não dá esquecer isso assim.Eu não consigo simplesmente tirar esse colar do pescoço e fingir que você não está comigo.Eu sinto muito ter-me entregue tanto, eu sei que você não pode suportar.Eu gostaria de tomar-me volta, mas no ponto em que me encontro, eu tatuaria meu corpo inteiro de pin-ups também.Eu preciso perdir perdão por te amar, por querer tanto e tantas vezes que você queira a mim e só a mim.Por morrer de te imaginar em outros braços, outras mãos, em outros amores.Eu preciso que você me perdoe por ainda querer ser sua e só sua, como tantas vezes fui enquanto você me quis.Perdoname.


'A tristeza está lá fora/como uma garoa fina e alvoroçada/Eu não quero que ela entre.../bastam-me os relógios/mas minha janela está quebrada.' [Aion Perrone]

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