quarta-feira, 1 de abril de 2009

Como uma faca cortando as entradas.

Colbie Caillat tomando o quarto inteiro, um amigo dormindo decadente na cama, a carteira de cigarros pretos e um isqueiro branco na bolsa em cima da cama, uma bola rosa, um cortador de unhas e um celular em cima da mesa, 21:20h, a minha cara molhada de lágrimas que sabe deus de onde vêm.E aquela maldita música começa a tocar, pela segunda vez hoje.'no i can't spell it out for you, if you just realize what i just realized, that we'd be perfect for each other and we'll never find another'.Pelos céus, por que eu insisto nisso?Por que eu não consigo simplesmente querer aquele que me quer, que me sorri, que me põe entre os braços e nina?Por que não quero aquele que se preocupa com como eu passei a noite e com como vai a minha febre?Por que, ao fechar os olhos, só uma pessoa me passa na cabeça?Por que tudo perde o sentido de ser e eu só tenho vontade de esquecer tudo por uns dias, dopada ou o que quer que seja, se ele não vê graça em mim?Se os meus beijos já não o fazem o homem mais feliz do mundo, que outra missão tenho eu no mundo?E eu o imagino em outros braços, perdendo a cabeça de tesão por outra pessoa, tremendo de nervoso, sorrindo de uma ponta a outra ao acordar e ver outro rosto ao lado, tendo filhos com outra mulher, vivendo com outra pessoa, todos os dias, todos os pensamentos, tudo de tudo, eu o imagino amando um outro alguém, como talvez ele me imagine, e pode ser doentio, que seja, morrer deve ser menos doloroso do que visualizar essa imagem.Eu só não consigo desistir dele, é como se estivesse tão entranhado na minha vida que eu não consigo respirar se desisto.E eu tenho tentado, juro.


Mas tudo em mim é amor.Até a minha raiva, o meu ódio, a minha mágoa, é tudo amor.É tudo perdão, é tudo dele.


Você vai me destruir; Vanessa da Mata.

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