sexta-feira, 23 de maio de 2008

Babaquices.

Escrito em 23/04/08.
(Tá, foi há exatamente um mês atrás, mas eu juro que foi coincidência)

Sou um eu, ou uma parte de mim, que se perdeu.Se perdeu num poço sem fundo de dúvidas estúpidas e inseguranças de Amor.Eu me perdeu em mim, que sou dúvida e Amor imensos.Saio de mim apenas pelas bordas, pelos desesperos, pelas penas, pelas cruzes e crucificações, fico em mim a vida toda vagando pelas bordas.Transbordo de mim e é tudo o que sei do que sou, pois que preciso recuperar o que cai de mim na distração e na impulsividade.Depois volto a perder-me na culpa ou na certeza de não saber onde estou e para onde vou.Perco-me e todos à minha volta perdem-me em rotulagens, politicagens, pensagens.E de saber quem sou, sei apenas que sou isso, isso fluido, isso intenso, isso de mistura decantada, mas não me importa tampouco sabê-lo.Me é suficiente a aceitação de ser uma ave arraigada aos próprios conceitos de certo e errado.Conceitos esses que distorço, retorço, retruco, mudo, confundo, renego e esqueço sempre e quase nunca num tempo tão perdido quanto eu e o que há de mim em mim.
------------------------------------------------------------------

É, eu sei.É um texto confuso.Não gosto dele, mas eu não conseguiria escrever nada melhor hoje.
Eu quis postá-lo porque "confusão" é a minha palavra de hoje.
Eu gostaria de falar de mil tormentos hoje e de como as minhas mãos parecem digitar sem a minha interferência porque elas já parecem não fazer parte do meu corpo, mas eu não conseguirira transformar isso em palavras.
De qualquer forma, o dilema da semana é sobre mudar de postura ou não.Ou sobre mudar de sentimento ou não.Não sei, acho que estou voltando ao vício de racionalizar os sentimentos.
De qualquer forma, eu devia tentar manter hábitos saudáveis e devia parar de beber (mesmo este sendo um hábito muito saudável, psicologicamente falando).Que seja!
Não, eu não estou pensando.
Boa noite.
o/

terça-feira, 20 de maio de 2008

Um mês.

-Foge comigo? - era uma súplica.
-Fujo! - ele respondeu.
Não tinhamos pra onde ir.Olhei para os lados, pra onde?Não tinha pensado nisso.Só sabia que não queria deixá-lo, nunca.Qualquer lugar estaria bom, qualquer lugar onde não existisse tempo.
-Foge comigo.Foge comigo agora. - era um desespero.
Inferno!Trabalha, mente, trabalha!Pra onde?........Já sei!
-Não me deixe ir.Por favor, não me deixe ir.
Dei nele um beijo com toda a minha alma.Minutos depois, ele foi embora sem olhar pra trás.Mas já que ele queria ficar, eu não podia deixá-lo ir.Por isso, ele ficou.E agora eu já não consigo deixar que vá.Fugimos.Fugimos pra dentro de mim.E por mais vezes que ele vá sem olhar pra trás, estaremos sempre lá.Por mais que uma onda devaste toda a cidade e o Amor, seremos sempre os fugitivos abraçados naquela praça, todo sábado à noite.Porque cada segundo é eterno, o tempo em mim não passa.


Parabéns, meu amor.
Eu não sei mais o que dizer, isso nunca me aconteceu antes.xDD
B.