domingo, 30 de dezembro de 2007

Futuros...

São quatro da manhã e o meu sono só agora começa a chegar.
Não que eu tenha resolvido escrever por causa do sono.
Foram coisas simultâneas.
É estranho pensar em todas as coisas que eu gostaria de saber no futuro.
Coisas que eu sei agora e que não quero esquecer, mesmo sabendo que vou.
Coisas como o quanto a vida é preciosa e como as minhas amigas são maravilhosas.
Coisas como aproveitar o momento, sem futuros ou passados.
Como ser uma criança, mesmo tendo os pés meio no chão.
Coisas como ser leve o suficiente pra levitar e como se sentir completo o suficiente a cada passo.
Coisas como ser feliz.
É esquisto como muitas pessoas esquecem isso.
E como algumas nem chegam a descobrir pra esquecer.
Me chame de livro de auto-ajuda, se quiser.
Às vezes eu queria mesmo ser um livro, pra não esquecer ou apagar essas coisas importantes.
Pra viver nelas, delas, com elas.Sempre, sempre e sempre.
Eu até penso, às vezes, em escrever cartas ou o que quer que seja pra a Bárbara de daqui a uns 10 anos.Mas nada do que eu escrevesse seria suficiente pra mostrar o que sinto.
Esse é o mal dos sentimentos, são extremamente pessoais, é impossível descrevê-los ou demonstrá-los ou partilhá-los de forma igual.
Ninguém sente igual ao outro, pode chegar ao parecido, mas nunca ao igual.
Não é só uma questão de intensidade, mas de forma.
E a Bárbara de hoje seria tão incompreendida pela Bárbara de amanhã como qualquer pessoa seria.
E isso é absolutamente terrível.Aterrorizante.
Aliás,a idéia de que o tempo está passando me parece terrível.
Eu não quero crescer.Eu não quero virar uma mulher completa, não mesmo.
Eu gosto do que eu sou assim.E sim,pode acreditar, eu escrevi MESMO isso.
Agora eu entendo o que eles queriam dizer com "depois dos 15 o tempo passa muito rápido".
Alguém faça esse brinquedo maldito parar no tempo.
Eu não quero sair dos 17.Eles estão TÃO lindos.TÃO deliciosos.TÃO suficientes.
É,acho melhor dormir antes que amanheça e os meus pais me descubram aqui...
o/

Bah.

Finalizado às 04:44h

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

[La vida loca]

*Intensamente.*
Já que *intensidade* é tudo o que marca.
De todas as coisas que eu já vivi e, apesar de serem apenas 17 anos, não foram tão poucas é tudo o que eu tenho para venerar.
Tudo, além de deuses, fadas e outras crenças,você sabe...
E medo me parece uma realidade paralela, me jogar de cabeça é tudo o que me rodeia.
É o que eu absorvo.
Talvez as palavras hoje pareçam sem nexo algum.
Só escrevo pela constante burrice de querer expôr o que não se expõe.
É como tenar descrever um odor ou sabor em palavras.
Não dá, é necessário mesmo sentir (Luquinhasssss).
Tudo o que eu não me permito agora é parar.
E voltar estágios.
Sinto-me absurdamente *completa* a cada instante.
Sozinha, acompanhada, com ou sem paixões.
E na maior parte do tempo eu só quero sentir o Sol na minha pele, olhar o céu ou as árvores e degustar a *felicidade* que *intensifica* cada grau de mim.
A vida parece-me tão simples, tão instigante, tão *gozosa*(??).
Sair do controle é uma boa opção agora, sair do controle sem medo.
Prazer imenso isso de "andar pelada":esquecer máscaras, amarras, mágoas...
Tudo o que me incomoda é ter-se ido a minha subjetividade que já não era grande.
Mas tudo isso é TÃO pequeno.
Tenho de ir agora.



"-Bárbara, vou dizer uma coisa que eu sempre quis dizer, você é uma poetisa da vida.
-O que você quer dizer com isso, Kai?
-Ah, sei lá.É que você sabe aproveitar a vida a cada momento, intensamente."

"Eu sei que somos nós, você sabe que somos nós, é o suficiente."

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Dias...

"Ah, eu tô TÃO feliz...Dizem que o amor atrai."

Amor, amor, amor, amor, sempre amor.
Amar à simplicidade de estar viva e a tudo o que me faz bem.
Amar à insegurança, à "porra-loucura", à minha fome, à minha dor física natural.
Amar à vida, a cada instante, com ou sem porres de vinho barato.
Amar o vento que balança os meus cabelos suavemente ou não.
Amar o desalinho, a clareza, a difusão.A confusão, claro!
Amar a sinestesia, a textura, o sabor de tudo.
Amar sentir-me viva a cada instante sem a mínima dúvida disso.
A felicidade talvez seja uma forma de amor.
A loucura, a tristeza, a dúvida, a dor, talvez tudo seja uma forma de amor.
Pois que do amor tudo se forma, para o amor tudo volta.
Obsessão sim, se for melhor pra vc pensar assim.Pra mim, é amor.
Amor, pois que sabe perder e abandonar, se assim for melhor.
Amor que mesmo em sofrimento (que não dura mais de algumas horas), mata-me de felicidade.
E o sofrimento, tão viva estou, não passa de felicidade.
Talvez isso pareça masoquista, mas não é.
É que o sofrimento é mais uma prova de que se está vivo.
E a vida é algo tão maravilhoso,TÃO sublime, TÃO mágico.TÃO...feliz!


Os últimos dias passaram bem monótonos, o Natal não teve a mínima cara de Natal.
E eu estou virando uma alcoólatra compulsiva.
Isso porque dizem que eu virei um livro de auto-ajuda ambulante(alguém me queima?).
Aí a gente pede pra ninguém inventar de me ler.
Dormi só três horas na última noite e estou com dor de cabeça.
De qualquer forma, estou feliz, apesar de umas baixas de humor (que eu não tinha desde o Capão) me tomarem às vezes.
Mas eu escolhi viver bem e ser feliz.E vou levar isso até o fim.
Eu vou fazer o que eu quiser, desde que não faça mal a alguém, pelo menos desde de que não o faça propositalmente.
Às vezes eu queria que todo mundo pudesse ver a minha forma de ver a vida.
Talvez pudesse ajudar alguém.Não importa.
Incrivelmente, começo a sentir sono,e isso me deixa eufórica,sinto-me TÃO viva quando tenho sono...
No mais, não me sinto vazia, cortada ou faltando, e por isso devo agradecer:obrigada a quem rejeitou o meu amor e quebrou meu coração.Obrigada por, enfim, me deixar ser feliz por completo.
Bem, é por aqui que eu paro por hoje.
O raciocínio não tá mais acompanhando.
Feliz Natal.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tédio.

Olho pra mim,agora como se olha a um desconhecido.
Não que eu já não me conheça ou coisa do tipo.
Olho com a indiferença,digo,com a imparcialidade de um desconhecido.
Apesar de sentir uma dor sem um motivo qualquer,sei que isso é tédio e não instinto suicida.
E olha pra mim,eu já não sou uma garotinha indefesa.Nem perto disso.
E quando um anjo me disse que devia querer o bom e não o melhor(digo,menos mau),eu não entendi.
Agora o entendo como poucas vezes entendi alguém.
Porque agora eu sei o que é bom e sei que o quero.
E quer saber o que é patético?Foi-se embora a minha "poeticidade" ou do que quer que chamamemos as tentativas cansativas de pôr-me em linhas.
Hoje escrevo apenas por vício.Melhor,por tédio.
Hoje eu gostaria falar de felicidade,mas preciso dormir.
Eu quero o que é bom e alguém me disse que é bom dormir cedo esta noite, e acredito.
Aqui encerro de mim as linhas, por hoje.Obviamente, só por hoje.
E, ah, sabe quando vc tenta descrever uma filosofia de vida e vem uma frase à sua cabeça?
A minha não foi algo que eu tivesse ouvido um dia,nem algo muito elaborado.
Foram só palavras se juntando: "Do it,if you want to.Just do it by yourself."

[...]"Vai tudo de como você quer levar a sua vida"[...]

E de repente alguém te diz uma coisa e você entende tudo.
E só se pergunta por que aquela pessoa não disse isso antes,evitaria tanta insônia...
Ainda assim agradece aos céus por ter ouvido agora,antes de alguma bobagem e depois de tantas.
E eu sou mesmo muito evasiva,mas isso vem de todas essas coisas não ditas.
Por algum tempo eu até me despetalei,senti dor,é,ainda sinto.
Mas sinto com a certeza de que vai passar,sinto não mais como uma criança carente.
Sinto com uma felicidade que só me mostra que isso é tudo muito pequeno.
A vida é um algo TÃO maior,TÃO magnífico que se preocupar chega a ser uma heresia.
"Vai tudo de como você quer levar a sua vida"eu quero levar a minha não me importando com essas coisas pequenas e sendo feliz com quem quer me fazer feliz.
Sei que isso pode parecer incoerente pra quem me conhece e sabe de tudo,mas não é.
Existem formas e formas de se fazer alguém feliz.
E incrivelmente,depois de horas de dor, a felicidade agora me toma,como se nunca tivesse saído de mim.
E posso,enfim,dormir em paz.
Sabendo que as fadas vão cantar ao meu ouvido e afagar os meus cabelos.