terça-feira, 30 de setembro de 2008

Antoniete.

"Entressafra. Já sabia. É sempre assim. Várias demonstrações de apreço e sentimento contínuos são sempre sucedidas por longos períodos de recolhimento e silêncio, como se houvesse um período de desintoxicação. Beber da intensidade dos sentimentos, embriagar-se de paixão, entorpecer-se de euforia incontrolável, sentir-se capaz do inatingível, para algumas pessoas, dá um bode terrível. Não para mim, claro. Para ele. Consigo vê-lo: remove as grandes asas, guarda-as cuidadosamente num armário grande, de madeira densa e dura, ao lado das caixas com os outros brinquedos (alguns já esquecidos, outros estragados), passa o cadeado na porta e volta a rastejar como um caracol, levando a casa querida nas costas, que vai se enchendo de inconformidades."
P.A.


Porque a Patrícia é um gênio.
Porque eu não tenho escrito nada, mas tenho lido bastante.
Porque eu não achei nada de Vitor Ramil pra baixar.



Pensamento em plena aula de História:
Quando não se tem mais o que perder, perde-se o medo.

(nada mais óbvio. u.u')

domingo, 28 de setembro de 2008

...

"You know our relationship was far beyond some human thing. I want to know how, if you really felt that way, you could walk away from me. Because I know, without a shadow of a doubt, I could never, ever, have walked away from you."



Coisas que colam na minha janela de MSN.

De quereres.

Minhas palavras, quebradas pelas pontas de meus sentimentos débeis, debatem-se entre minhas pernas e entre meus dedos.
Minhas palavras já são curtas, urgentes, caprichosas, grossas, verdadeiras crianças mimadas.
Minhas palavras já odeiam-me por tantas vezes prendê-las no céu de minha boca quando, raivosas, tentam dizer tudo o que rasga meu corpo por inteiro nessas malditas noites insones.
Minhas palavras já não espalham-se em metáforas, já não voam entre significados múltiplos, prendem-se à sua honesta permanência.
Já não espalho-me em metáforas, o que, de humano, mais perto chega disso é quando, por um ou dois segundos, percebo-me fazendo parte de um algo muito maior.Percepção esta que dura apenas um momento simples.



Há pedaços de mim espalhados por todos os cantos.Vezes os cato, colo-os com cola de papel; à primeira chuva, desfaço-me de novo.
Não tenho mais consciência de meu corpo, do espaço que ocupo ou vago.
Na verdade, mais vago do que ocupo qualquer lugar, nem meus pensamentos permanecem onde deveriam.Vago pelo mundo inteiro, por tudo de bonito que já toquei e vi, quero tudo de volta, uma única vez que seja.
Mas quero tudo meu, mesmo que uma única vez antes de morrer, que seja tudo MEU mais uma vez.
Sim, há coisas que nunca serão minhas de novo, não importa o quanto eu as queira, eu sei.
Mas e se eu achar o gênio da lâmpada?Talvez nem ele pudesse ajudar.
Ah, eu quero a minha Vida de volta, quero a minha força de movimento de volta, eu quero o meu coração batendo compassadamente de volta.
Eu quero poder respirar de novo.
Eu quero poder rir de novo, de novo e de verdade.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Quebra de promessa.

"É estranho que o mundo silencie, breve e triste, e que em minha boca fechada as palavras batam asas, angústia de dizer, e o corpo se agite, animal faminto. Tu permaneces, acima das horas e sobre os dias, como se horas e dias não houvessem, como se o tempo fosse um besouro enredado em meus cabelos e teus dedos fossem sua improvável salvação. Não me comove a chuva, ou a beleza do silêncio. Sou toda um esgar contido, um pequeno frêmito de superfície onde nas profundezas desmoronam cada um dos meus degraus. Esqueço teus olhos. Esqueço tua pele. Esqueço o cheiro que só existe em certas partes do teu corpo. Esqueço de mim, um tanto. Morro, um tanto. Então escrevo para contar àquela de mim do que me compus. E escrevo de novo para lembrar a ti do que me fizeste."

Patrícia Antoniete.


Promessas não são feitas para serem quebradas?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Do peito.

Não é incrível que as águas negras do esgoto a céu aberto possam refletir o céu?
Os cacos de minh'alma, incapazes de sentir, refletem apenas as sombras dos risos de outrora.
Agarro-me a qualquer lembrança do amor à vida de antes, mas a auto-destruição instalou-se em meus dedos.
Agarro-me ao travesseiro frio que esqueceu-se do calor das noites de inverno em que fervi de desejo entre as cobertas.
Agarro-me a tudo que não me faça lembrar.
Mas tudo me faz lembrar.


Depois da insônia, o pesadelo:"-É, eu não te amo, se eu te amasse, ia querer você.".

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

What about TEQUILA?

Uma, duas, três, quatro doses.
Um, dois, três, mil impulsos exibicionistas.
Uma, duas, três dancinhas em público, nenhuma vergonha.
Uns dois, dez, quinhentos desejos.
Seis, sete, oito homens ao alcance das mãos.
Cinco meses e nenhum sentimento, nem aquela vontade de ligar pra se humilhar dizendo que ainda ama.
Nem a vontade de estar nos braços, nem nada, nada, nada.
Nada dele.O cheiro saiu das minhas narinas; o toque, do meu corpo; o rosto, da minha mente.
Mas os olhos...Os olhos não desgrudam dos meus.
Enfim...Dentes na orelha, não houve a sensação de desconforto habitual por pertencer a outrém.
Tequila faz com que eu pertença aos meus desejos mais vís.E só a eles.

sábado, 20 de setembro de 2008

5 meses e vergonha.

Vergonha dessas linhas copiadas e coladas constantemente em posts.
Vergonha de já não expressar-me muito bem sozinha.
Vergonha de ter deixado que um deslize desesperasse a minha felicidade condicional.
Vergonha, vergonha, vergonha.Você poderia ver-me ruborizar.

Perdão a quem lê essas linhas esporadicamente, não estive, nem de longe, tentando qualquer coisa.
Estive, mais uma vez, entregue aos meus sentimentos mais vís, mais insanos.
Nada mais de ctrl v, ctrl c por um bom tempo, prometo.(só não sei quem, além de mim, prefere isso)
Assim que houver qualquer cor que não sépia em meus pensamentos, a descreverei.
Assim que houver qualquer pensamento organizado, inteiro e sem cortes.
Assim que houver qualquer certeza, qualquer desejo, qualquer sabor.
E eu sei que tudo isso voltará em breve, pois aquele gosto doce já está se perdendo de minha boca e o sorriso dele tem-se apagado de minha memória.

Em situações de perigo nossas armas de guerra, assim como a força de puma, se mostram, ressurge de onde nem se sabe.
Alguém quer arriscar a vida? *-*

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Saudade.[2]

"Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para a faculdade e ela para o colégio, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se
amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua sem estudar;
Não saber se ele continua sem fazer a barba pq tem preguiça.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele ainda vai pra aquele joguinho de futebol que ela odiava.
Não saber se ela ainda come aquele cuscuz com ovo;
se ele tem assistido às aulas de inglês,
Se aprendeu muita coisa, se está sentindo dificuldade;
Se ela aprendeu matemática e fisica;
Se ele continua preferindo beber só com os amigos;
Se ela continua preferindo smirnoff ice;
Se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
Se ele continua odiando calça;
Se ela continua com aquela mania de mexer nos cabelos;
Se ele continua amando ela;
Se ela continua a chorar até nas comédias feito uma boba;
se ele está sozinho;
Se ela já arranjou um outro alguém;
Se ele ainda continua estudando só com música
Se ela está indo pra academia..
Se ele ainda pensa nela
Se ela ainda pensa nele.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo
querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os
amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama,e ainda assim,doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você, provavelmente, está
sentindo agora depois que acabou de ler..."


Autor desconhecido.
(encontrei muitas versões desse texto na internet, mas essa foi a que me mandaram numa janelinha de MSN.)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

"Paixão é diferente de Amor."

Eu sempre achei que era por Amor que se fazia tudo.
Paixão de cú é rola.



Passou, pelo menos até o próximo sonho.

Sonho da tarde.(Ou pesadelo?)

"a.
p.
a.
Eu te amo.


O ex-futuro pai dos meus filhos."



O que significa a.p.a.?
Não faço idéia.
Aliás, eu não faço idéia do que uma página escrita com essas coisas possa significar.
Mas sonhos são sonhos.
O ex...ah...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre Edward e Bella, Romeu e Julieta.

"Ao invés de me mover, eu pensei um pouco mais em Julieta.
Eu imaginei o que ela teria feito se Romeu a tivesse abandonado,
não porque ele foi banido, mas porque ele havia perdido o interesse.
E se Rosalie tivesse feito ele se apaixonar de novo e ele mudasse de
idéia? E se, ao invés de casar com Julieta, ele tivesse desaparecido?
Eu pensei em como Julieta teria se sentido.
Ela não voltaria para a sua vida antiga, não mesmo. Ela não teria
nem dado a volta por cima, disso eu tinha certeza. Mesmo se ela
vivesse até estar velha e cinza, todas as vezes que ela fechasse os
olhos, seria os olhos de Romeu que ela veria por trás das suas
pálpebras. Ela teria aceitado isso.
Eu me perguntei se ela teria se casado com Paris, no final, só para
agradar seus pais, pra manter a paz.
Não, provavelmente não, eu decidí."

Stephenie Meyer em Lua Nova(tradução não-oficial).

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Uh-hu.

Hoje foi a gota.Cansei dessa inconstância, desse mais ou menos.
Só Amor não é o suficiente pra mim.Eu quero todo o Amor que houver nessa vida.
Eu quero alguém que me veja também.
Não tem mais sintonia?Tá bom, faz o que você quiser.



Lara estava certa de novo, eu não estava tentando com força suficiente.


Ai, hoje eu quero dançar. .-.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Do tempo de vida.

Lembro-me que da última vez em que estive viva, eu soube como era ser amada de volta.
Era bom, aconselho.Era vital.



Eu não sou forte o suficiente para aguentar um amor platônico.
Eu não sou forte pra aguentar.
[e os meus olhos me dizem isso no espelho.É tudo uma questão de tempo, é tudo uma questão de (m/s)orte.]



Acho que ando tendo alucinações.
(será que eu tô pirando mesmo?)

B.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Fragilidade.

Você já pensou que, de uma hora pra a outra, pode, simplesmente, estar...




morto?

Ama-se o que ama-se.

Voltando aos relatos sobre o caminho para casa.
É que a volta pra casa deve ser o momento mais emocionante do meu dia(todos os dias).
Hoje havia um "louco" de cueca no meu caminho.
Ele riscava alguma coisa invisível na parede de um prédio qualquer.
Pude perfeitamente visualizar-me na mesmíssima situação daqui a alguns meses.


(sim, sim, eu estou à beira do abismo da loucura, e tô pronta pra me jogar.)

(IN)Sanidade.

A-há!I've got all of you, motherfuckers.
Agora eu entendi.Isso tudo é uma merda de seriado brasileiro barato que tenta imitar o Show do Trumman.
Só que estão tentando me enlouquecer como a um ratinho de laboratório.

(agora que eu descobri vocês, suas experiências sem dúvida fracassarão.Eu me encarregarei disso.)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

"Amor que fica é Amor de pica."-disse a titia.

O Mar estava intenso hoje no caminho pra casa.
Intenso.E de uma cor que eu já não sei definir.
Na verdade, por um momento achei que não sabia mais distinguir cores...
Aí eu vi a camisa do tio que andava na minha frente e lembrei o que era azul.
Puta que pariu, e que azul!
Enfim, o Mar estava mais intenso que na maioria dos dias, por isso andei até ele e entrei até não dar mais pé, como você já deve saber e era óbvio, morri afogada.
O Mar estava intenso hoje, talvez por todas as músicas românticas, talvez pelo novo amor.
E aquela tal carta nunca chegou, se chegar um dia, se ela existir, não saberei o que fazer dela, provavelmente vai lacrada pro fundo do baú.


Que seja, a camisa continua no armário, mas parece ocupar um espaço da porra.
Um dia eu a tiro de lá, ou o Edward tira.
Pelo amor mais doce e pelo calor no peito, obrigada, Ed.
(L)


B.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

No caminho pra casa.

É uma mania escrota essa de cantar alto no caminho pra casa.
Algumas pessoas acham que estou falando com elas, outras levam sustos, é engraçado.
Vinha eu cantando Realize de Colbie Caillat (a música do fim do último post) e atravessando a ponte do esgoto, aquela do Costa Azul.
Vi flores amarelas.Sim, sim, tão perto do esgoto havia flores amarelas.
Intensamente amarelas, daquele amarelo feliz...
Apesar do fedor, da sujeira, apesar de tudo, as flores eram amarelo-feliz.
Lembro-me agora de uma versão de Djavan da música do Chaplin e talvez, então, entenda e ame ainda mais as flores.
"Sorri quando a dor te torturar/E a saudade atormentar/Os teus dias tristonhos vazios/Sorri quando tudo terminar/Quando nada mais restar/Do teu sonho encantador/Sorri quando o sol perder a luz/E sentires uma cruz/Nos teus ombros cansados doridos/Sorri vai mentindo a sua dor/E ao notar que tu sorris/Todo mundo irá supor/Que és feliz."
Segui o meu caminho em silêncio, pensando ainda nas flores.
Havia muitos casais na praça hoje.Muitos casais sorridentes, carinhosos, muitos casais casais.
Senti por todos eles uma ternura indescritível, uma vontade de parar o tempo por eles e preservá-los para sempre, preservar sua felicidade...
Continuei andando, havia um sorriso no meu rosto, um sorriso de ponta a ponta.
Lá na frente vi um garotinho.Devia ter uns três, quatro anos, a pele de um tom achocolatado dava uma baita vontade de morder.
Ele dava uma estrelinha(é, aquilo de ficar de cabeça pra baixo, você sabe), uma não.Uma, duas, três, até conseguir fazer direito, depois saiu correndo com um puta sorrisão que me fez gargalhar no meio da rua.Era aquele filho que a gente sonhava ter, aquele no qual ele pensava ontem.
Dentro de cinco minutos eu estaria em casa, mas o céu estava lindo.
Lindo, nublado e azul.Impossível?Não, basta um pouco de criatividade.
As nuvens se estendiam por todo o céu, mas eram como retalhos, havia espaços entre elas.Espaços azuis.Muito, muito lindo.(por sinal, retalhos me lembram a colcha de retalhos de alguém..=/)
Quando terminei de elaborar toda a minha teoria sobre as núvens, olhei pra o mar.E o mar aquece alguma coisa no meu seio, no direito, meu ombro direito doía do peso.
Mergulhei no mar por um instante e atravessei a rua sem olhar pra os lados, o que quase me custou a vida.
Bem, foi só mais uma volta pra casa como todas as outras...
(e uma nunca é igual a outra.)

domingo, 7 de setembro de 2008

Último post de Amor frustrado.

Tipo assim, eu estava muito bem.Muito, muito bem.
Eu já tinha aceitado a idéia.
Mas os montes de emails antigos na minha caixa de entrada pediam pra ser lidos.
E foram.Eu não devia.Meu coração agora parece uma bolinha de gude.
Eu disse que talvez não quisesse mais, mentira.
Sinto-me um cachorrinho que se esfrega nas mãos de seu dono implorando carinho.
Li a nossa felicidade quando ele aceitou namorar comigo.
Li o meu desespero toda vez que eu provocava uma briga idiota.
Li as brincadeiras, as implicâncias, o ciúme.
Li a nossa alegria antes de cada encontro e as explosões de saudade depois de cada um deles.
Li os risos dele, os meus, li até abraços que só não demos pela distância.
Li beijos, olhares, futuros, filhos, li casa, cama, cozinha, li porta, chave, sofá.
Li as minhas preocupações e a forma com a qual eu fugia pra ele.
Li o meu Amor, li o Amor dele.Li o nosso Amor.
Li e chorei de saudade.
Li e me culpei por ter esse maldito toque destrutivo que despadaça tudo o que amo.
Li e chorei por saber que não haverão mais os beijos perfeitos, nem os olhares de amor pleno.
Chorei por ter deixado que o meu homem escapasse de minhas mãos tão fácil.
Chorei por não ter conseguido fazê-lo perceber que não haverão outros.
Nem pra mim, nem pra ele, porque nós somos um do outro, mesmo que ele ache que não.
Não é todo mundo que encontra a pessoa certa assim, e eu não sei quanto a ele, mas eu achei a minha pessoa certa.
E pode ser que eu esteja completamente enganada e que só esteja pensando isso pra me enganar, mas não acabou.
Não é porque existem estações secas que a Cachoeira da Fumaça deixa de existir, ela só pára de cair por um tempo.E talvez um dia ela nunca volte a cair, mas os conhecedores saberão quando for esse tempo.
Eu não vou fazer nada, ele vai voltar se for meu homem mesmo.Se não for, paciência, o Gere qualquer dia desses bate aqui na porta.
E esse é o meu último post sobre isso, eu não vou bancar a ex que não esquece e corre atrás, deixa ele procurar a mulher da vida dele, deixa ele talvez achar, deixa ele ser feliz sem mim.
Mas como é o último post, eu não posso deixar de dizer que o amo.
Feito uma puta, uma vendida, uma vencida.
O amo como nunca achei que seria capaz, o amo com a porta do quarto aberta, porque se a fechar, não caberemos, eu e o Amor, nessas paredes.E o Amor é mais forte que eu, ele acabaria por matar-me para tomar todo o espaço.
E ele é só um Raio, mas eu o amo como ao Sol.
Eu o amo, obsessiva que sou.
Amo, como ninguém mais saberia.
E eu estou com saudade, saudade do riso dele, da voz dele(e quando a ouvi na quinta-feira, estava bêbada, mas alguma coisa pareceu acordar dentro de mim), do calor de seus braços, dos seus beijos, do seu corpo, estou com saudade do meu abrigo.
Uma saudade imensa que faz parecer que a qualquer momento chegará o fim de semana e eu vou poder correr pra a rodoviária, pegar o ônibus e me afogar nos beijos dele por horas.
Um saudade estomacal, e os Doritos no meu armário parecem meio sem gosto sem poder dividir com ele.


E que os bons ventos e tempos ensinem tudo o que preciso saber pra crescer com isso.
E eu tô aqui como amiga, e engulo o meu Amor se for melhor pra ele.
Engulo ou guardo numa caixinha, se ele quiser mesmo.
Eu tô aqui pra ouvir qualquer coisa, de frustrações a novos amores.
E vou ficar feliz e radiante se ele estiver feliz, mesmo que com uma outra garota.
E, isso é terrível, mas é uma verdade tão absoluta que chega a assustar.
Acho que isso é Amor.É platônico, e eu nunca acreditei em Amor platônico, mas é Amor.
Fazer o que?


"If you just realize/What I just realized/That we'd be perfect for each other/And we'll never find another/Just realize/What I just realized/We'd never have to wonder/If we missed out on each other, now."
Colbie Caillat

De Amor.

Ah, se ele sentisse...


Fui tomada por uma ternura imensa.
Uma doçura, um carinho, uma preocupação...
E sorrio sempre que penso que ele vai ser mais feliz sem mim.
Sorrio porque ele vai ser feliz.

(e se ele for, eu serei)

sábado, 6 de setembro de 2008

"A gente fica despedaçada, mas depois vê que sai inteira."

"A vida sem perigo, meu amigo, não é vida.É televisão.Eu precisava te lembrar disso."


Eu estou muito feliz hoje.
E pensamento positivo atrai coisa boa.
E a Carol entrou no MSN e eu fiquei ainda mais feliz.
Apesar da queda ruim do meu sistema imunológico e do resfriado, eu tô muito bem.
Foi o que eu estava falando pra ela, eu vivo de extremos.
Pra parar de doer, eu preciso chegar ao extremo da dor.
E eu cheguei.Ao topo.Olhei pra baixo e me joguei.
E adivinha??Eu voei.Voei sobre o mar.
E você não acreditaria em todas as coisas maravilhosas que eu vi.


Fico feliz por tudo entre nós ter acontecido, Raio-de-Sol.
Você foi a coisa mais doce de todas. ;)


E a Carol ainda acha que eu sou obsessiva (mas, segundo ela, isso não é, de todo, ruim).

B.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

E se eu morrer?

"Vale tudo no Amor e na guerra."-ele dizia com freqüência.
Vale tudo, até desistir.
Hoje me peguei pensando em como ele se sentiria se eu morresse amanhã.Eu sei, é um pensamento idiota, ele provavelmente não se importaria muito e talvez fosse até melhor pra ele, pra me esquecer de vez.Afinal, é o que ele quer, não é?
Estranho, eu sempre achei que se fosse pra a gente se esquecer, seria uma decisão conjunta, e não individual.Que seja, eu fantasiei demais.Aliás, eu, provavelmente, só fantasiei.
Não tenho mais o que escrever, nada, em absoluto, faz sentido.
Só ficam duas perguntas:

1)Vale mesmo tudo no Amor e na guerra?
2)Faz bem sair pelado pela rua de vez em quando?


B.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

"...ia precisar ser corajoso ou estúpido demais pra amar."

It isn't working, it isn't working...



Como um chocolate barato que come e do qual já não se lembra o sabor quatro ou cinco horas depois, não há mais paixão.
Como uma lasanha estragada que se come e de cujo gosto jamais se esquece, a dor não pára nunca em mim.

Rio, é verdade, rio muito.Rio de mim, da minha tristeza ridícula, do desamor ridículo dele.
Rio, rio como uma louca.Rio e choro, como uma cachoeira de felicidades e amarguras.
Divirto-me, esqueço-o, lembro-o, mato-o, mato-me.

"O amor maior do mundo."-ele disse.
Mas simples assim, como se nada tivessemos vivido, ele me esqueceu.
Sejamos amigos, então.Amigos.E que nunca mais meus olhos brilhem um amor bobo por ele.
E que nunca mais os meus olhos brilhem de amor bobo.

"Desorientado" - disse ela.
Não, não.Acho que ele tem exatamente uma bússola nas mãos.
Ele não vai voltar.E só hoje eu me dei conta disso.E, não, não é por orgulho que ele não vai voltar.Ele não vai voltar porque, simplesmente, não me ama.
E, ora, não é engraçado?É quase como uma sina, eu me protejo por séculos, quando abro os portões, é justo para exércitos bárbaros.
Não, isso aqui não era uma questão de estratégia.Não ERA.

Eu escolhi largar meu corpo na ladeira, eu podia, simplesmente, não ter-me entregue.
Podia, mas não quis.Eu quis sentir, eu quis amar, eu quis saber como era.Me fodi.
Se não for intenso, não haverá razão de ser.Me fodi.
Não tinha praia lá embaixo, só havia pedras.Me fodi.
Não pude freiar a tempo, me fodi.Dei de cara.

Agora, se já era difícil acreditar, me diz, como é que eu vou aceitar o amor de mais alguém?
Tudo isso é muito engraçado mesmo.E talvez você ache que isso é só o meu sadismo, mas não é.
É engraçado mesmo.É engraçado que eu sofra por alguém que nem sequer pensa em mim.
Logo eu, logo a que não se envolvia, logo a que odeia amores platônicos.

Vai passar logo, eu sei.Não sou do tipo que vive esperando por alguém que não vai chegar.
Vai passar, assim que a mancha roxa na minha coxa sumir.E faz uma semana e meia, mas ela continua aqui.
E as mãos dele continuam no meu corpo.



Antes a estupidez que a coragem.
Fui estúpida.Entre tantos sinais, fui estúpida.
Fui e serei pra sempre.SOU estúpida.
Não que isso seja ruim.Me dá um prazer imenso.
(e uma dor também)



"He was everything, everything that I wanted/We were meant to be, supposed to be, but we lost it/All of our memories, so close to me, just fade away/All this time you were pretending/So much for my happy ending."
Avril Lavigne.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

"Diga que meu pranto é covardia..."

Nenhuma palavra me expressa devidamente.
São só seqüências de letras se juntando.

Nenhum sorriso me alegra plenamente.
É quase um agradecimento mudo a alguém que me distraia.

Nenhum olhar me aquece.
É como se uma pedra de gelo se tivesse quebrado em meu peito.

Nenhum toque me é desejado.
O exílio talvez fosse minha anistia.

Nenhuma poesia ou música me arrepia.
Concentração já nem chega perto dos meus ouvidos.

Nada, nada, nada.
Não há Amor, há só o nada.




Bem, o fim de semana foi incrível.
E, sabe, o olhar compreensivo e a palavra terna vem de onde menos se espera.
E gratidão é tão pouco pra o que sinto.
(Sim, até a gratidão é intensa em mim.)