quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Do peito.

Não é incrível que as águas negras do esgoto a céu aberto possam refletir o céu?
Os cacos de minh'alma, incapazes de sentir, refletem apenas as sombras dos risos de outrora.
Agarro-me a qualquer lembrança do amor à vida de antes, mas a auto-destruição instalou-se em meus dedos.
Agarro-me ao travesseiro frio que esqueceu-se do calor das noites de inverno em que fervi de desejo entre as cobertas.
Agarro-me a tudo que não me faça lembrar.
Mas tudo me faz lembrar.


Depois da insônia, o pesadelo:"-É, eu não te amo, se eu te amasse, ia querer você.".

Um comentário:

Samory Santos disse...

Nunca comentei cá, e já faz bom tempo que não a visito. Agora começa o real comentário:
Hum, estranhamente eu sinto algo talvez que lembre, talvez não. Portanto, talvez entenda, talvez não. Talvez, talvez. Cuidado com as noites frias do outono tropical.

Por fim, não verás a mim no meio MSNéstico, tomei aquela decisão... "tudo pela UFBA". Até, e veja se me visita.