quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Saudavidades.

Dizem que devo ter perdido uns vinte quilos nessa sua ausência.Sinto sua falta no fundo do meu estômago que se remexe tentando inexistir para não boiar em sofreguidão.Será que você entenderia minhas mãos remexendo-se, nervosas e rubras, rasgando meu peito do pedaço preenchido que você deixou e que se dói inteiro nessa distância, puta barata e bêbada largada no salão de um cabaré decadente?Aquela nossa música, aquela que ainda me faz chorar me contorcendo de amor bobo é sempre a primeira a tocar quando os cds de corinne são tudo na minha lista de execução.'you make me feel i'm alive when everything else is a fake'.Será que você pode sentir meus pensamentos afagarem seus cabelos quando eu entrego-me às suas mãos frenéticas em meus sonhos mais doces?Alguém que não nós dois que leia isso, vai achar que é loucura de uma garotinha dando uma de escritora, mas você acaba de me ligar e ouvir a sua voz renasce em mim um rio de lágrimas quentes que brotam do peito e saem aos gritos por todos os poros, mas que me fazem sentir ainda mais perto de você.Lhe dedico o maior amor do mundo, senhor de minha vida, de minha alma, de meu mundo.Lhe dedico o que de melhor há em mim, não por capricho, mas por missão, como um dom e uma maldição que os deuses me deram quando nasci.Os vinte quilos de infelicidade que não quis, nem poderia, dar-te, perdí-os.Porque o que não é seu, em mim, inexiste.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

sempre.

Sempre não é uma promessa.Não é uma palavra, nem o desejo de continuidade.Sempre é um sentimento.É um estado de espírito.


SEMPRE.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

2009 e suas futuridades.

Há, no poço do meu peito, bem perto das comportas de dor, algum líquido borbulhando freneticamente vinteequatrohoraspordia.Por vezes esse maldito líquido esparrama-se pelo corpo e atinge as tais comportas enchendo-me de uma dor que não é minha, mas que me toma.Noutros momentos torna-se de um azul humilde e plácido que me acalma afagando meus cabelos e segurando meus seios entre as mãos.Verdade seja dita, me deixa agoniada e ansiosa a maior parte do tempo e não tem um borbulhar quente, é quase um borbulhar sólido, se é que dá pra entender.


O reveillon foi bastante trêmulo, mas foi doce também.Nada que bons momentos frente ao mar e a dor de um piercing não solidifiquem.

Eu te amo, R.S.


A.R.