sábado, 23 de agosto de 2008

Até o talo.

Ando repleta de palavras.Curtas, longas, coloridas ou rascunhadas.
Palavras.Desengonçadas, desestruturadas, desritmadas.
Ando cheia, principalmente, de "inconstância".
Minhas palavras são meio loucas, meio incertas e inseguras.
Minhas palavras são palavras.É, assim, palavras, com vida própria e quereres absurdos.
Como todas as palavras do mundo.
Ando cheia de palavras até a boca e as desperdiço ilustremente em banalidades.
De vingança, por vezes, não saem, batem o pé, travam minha garganta e me tiram o sono.
Por pura maldade.
Ah, as minhas palavras...Minhas palavras querem percorrer o mundo.
Mas querem percorê-lo sem sair de minha cabeça, para não correrem o risco de não achar o caminho de volta.
É, as palavras são muito apegadas materialmente aos seus mundos.

Minhas palavras querem fugir de mim para me encontrar.
Minhas palavras querem andar pra longe me carregando nas costas.
Minhas palavras querem viver intensamente a cada segundo.
E querem que eu as leve.
Mas não posso, tenho tanto a fazer...Pobres palavras...


(não, eu não tenho mais o que fazer)

Um comentário:

Carol disse...

Muito foda!
Vadia...