domingo, 27 de janeiro de 2008

De vinho, pizza e uma mente a 170 km/h.

A noite passada foi bem intensa.
Não só pelo vinho, pelas risadas, pelos beijos.
Não só pela vida dessa vez.
Foi intensa porque quando você está morto de sono e não consegue dormir, a mente trabalha meio insana, meio insone.
Foi intensa porque o vinho me deixa meio confusa, meio segura.
E torna os sentimentos mais desesperados e claros.
Tudo bem que o desespero os torna menos claros, mas é quando você sabe o que está sentindo, mesmo que, provavelmente, nunca vá voltar a se sentir assim.
Senti uma falta imensa da praia.Não era saudade.Era falta, como se um pedaço imenso de mim estivesse longe.Uma falta muito grande.
Tão grande que por vezes, essa noite, me debati na cama como se as ondas que eu passei meses "sem notar", tivessem roubado-me de mim e arremessado-me contra a areia.
E mal consegui dormir.Culpa do queijo, sempre.
As coisas, aos poucos vêm se acalmando na minha cabecinha má.
Decantação."Deixa a poeira baixar", não?
E até quase sei o que dizer!Não é incrível?
De qualquer forma, a noite passada foi uma grande emoção até o último fio de cabelo.
Muitas pessoas me passaram na lembrança quando deixei a cabeça bater no travesseiro.
Tantos erros e acertos e amores e ódios e carinhos e preocupações e intensidades.
Tanta vida.
E eu, ironicamente, disse pra mim mesma que devia parar de beber.E ri sozinha disso.
E conheci uma sensação absurda de não estar dando à vida todo o valor que ela merece.
É aquela antiga sensação de que nunca é suficiente.
Por mais que eu aproveite cada segundo e dê um valor inestimável a todos eles, é a sensação de que poderia haver mais.
Ontem a noite foi estranha.E eu poderia ter feito dela uma noite angustiante e depressiva.
Mas essa já não seria eu, essa seria aquela outra garota que eu insisti em ser por tanto tempo.
Então ela foi apenas uma noite intensa.Intensa e viva.
E até os meus sonhos, que, diga-se de passagem, não foram poucos, foram estranhos e sem sentido, mas intensos e detalhados.
Como a falta da praia.


P.S.:E eu gostaria de te dizer coisas bonitas, mas isso não cabe no meu silêncio hoje.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que é uma parte desse mar das quais ondas roubou-se e arremessou-te contra a areia...

num indo e vindo sem fim...
motonia?...
movimento que hipnotiza...
Tsuname que quebra a tranquilidade, a maresia!

\o/