sexta-feira, 17 de outubro de 2008

"por nós..."

"Um dia me disseram que havia anjos querendo se alimentar da minha alma (sim, porque anjos se alimentam de almas) porque eu era capaz de produzir uma coisa incomum.Eu era capaz de produzir Amor em estado bruto.Amor puro, destilado.Eu não acho que tenho todo o Amor do mundo em mim, Camila, mas é de Amor que me alimento.Minha mãe fala isso no pejorativo porque quando eu fico com muita saudade ou muito triste, não sinto fome."O que é?Tá se alimentando de Amor, é?" - Mal sabe ela...Eu não sei se anjos se alimentam de almas ou se algum anjo se alimentaria da minha alma maltrapilha, mas eu sou mesmo capaz de produz esse tal Amor puro.Assim, um Amor delicado, sem amarguras, sem amarras.Assim, um Amor delicado e forte e imenso e convexo e sem vírgulas.Um Amor sem desejo até, sem problemas, sem explicações, sem mais nada.Só Amor.Foi quando descobri essa minha forma diferente de amar que inventei o termo "Amor de Amor".Sim, não é por Amor de mãe ou de filha ou de amiga ou de mulher ou do que quer que seja que amo.Eu amo de "Amor de Amor".E o Amor de Amor faz você perder a cabeça e o coração, se pensa com o Amor, se sente com o Amor, se vê com o Amor.O Amor de Amor passa por cima de tudo e fecha as feridas como quem fecha uma caixinha de jóias, simples assim.O Amor de Amor dói às vezes, mas ainda doendo, é bom demais.Eu não sei se o Amor de Amor é incomum assim como a pessoa citada acima me disse, mas não deve ser.Ou não deveria.O Amor de Amor é divino.E diviniza.E sou uma deusa, ao menos enquanto amo."


Escrito em 07 de setembro de 2008.

Nenhum comentário: