sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Every now and then.

Sua presença é a primeira flor a desabrochar na primavera dos sentidos. Os olhos como a imagem presente e incansável da criança que eu quero ter. Eu te vi crescer, meu menino, mesmo muitas vezes não estando lá quando você crescia. Degustei todas as suas estações, da raiva ao desencanto, da chance de um novo amor à aceitação da inevitabilidade das coisas entre nós. Sua presença é sempre a primeira folha a cair no outono, os beijos, as que a seguem, um a um, se acumulando sobre a terra. Adoraria ter-te todos os dias em minha vida, como um café ou um cigarro, mas sigo meu rumo, inabalável, sem a sua permissão para aportar. Em que homem você se transformou, patinho! Que homem lindo... Seus defeitos são adoráveis, e não é como mulher apaixonada que lhe digo isso, é como observadora atenta - e como vivo a observar-te! São tantos que poderíamos ter uma biblioteca temática para os nossos filhos, mas, incrivelmente, nenhum deles é realmente imperdoável, nenhum deles me dói quando seguro sua mão, nem a sua indiferença. Seus carinhos têm o tom mais terno, mesmo quando não é ternura que você quer demonstrar. Mãos frenéticas, boca entreaberta, olhos frios, nariz torcido, declarações de amor não-românticas, você me encanta, baby, você me encanta.


"De lembrar do punhal, da dor, do cheiro, dos seus olhos em mim, uma estrela que no céu se ofuscava."

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