Sinto apertar-me no peito uma saudade doce e aguda várias vezes ao dia.Não só da orla, do rio e das matérias inéditas da faculdade.Sinto falta da liberdade, do silêncio, do medo, da coragem, do ânimo, das novidades.Sinto falta do não saber o que fazer, do não ter pra onde ir, da sensação de ter a cidade inteira nas mãos e à disposição dos meus caprichos.Sinto falta até da agonia, do desespero, do "eu não pertenço a nada disso", eu sinto a falta de quase tudo em Petrolina.
A voz e os cuidados de Tiago;
a risada de Luiza;
a cara de "entendeu o trocadilho?" de Bidido;
a auto-estima de Ana Terra;
a doçura de Simone;
as cantorias de Darlan;
os xiliques de Neto;
os gritos de Priscila;
o rebolado de Mari;
as revoltas de Ane;
as sacanagens de Bruno;
os "Prision Break"s;
a zuação de Actos;
a vivacidade de Júlia;
a franqueza de Bruna;
a sutileza de Andreza;
as baixarias de Isabella;
as confissões de Aymê;
as idiotices absurdas de Didi;
as doenças intermináveis de Ricardo;
a risada estridente de Aliny;
as gírias de Flávia;
a pele de Raul;
o brilho nos olhos de Flávio;
a voz grossa de Luzânia;
as bobagens de Kátia;
a força de Carine;
as zoações com o Gaúcho;
o humor de Daniel;
os furinhos do sorriso de Ângelo;
os sonhos apaixonados de Ana Fernanda;
as narrações sexuais de Fernanda;
a filosofia com Railma;
as bebedeiras, as noites, os sorrisos, as pessoas de cujos nomes eu tenha, eventualmente, esquecido de citar, as inconseqüências, os acasos, tudo, tudo, tudo, tudo em Petrolina ficou marcado.
"-Essa vida é boa ou não é?" (Octamar)
É, Octa, se é.
(sim, sim, eu ando extremamente saudosista esses dias.)
3 comentários:
Saudade também é um sentimento gostoso. Sinal de que valeram a pena os momentos vividos.
os xiliques de Neto, né nigrinhaa?! kkkkkkkkkk'
saudade da sua capacidade inata de ser insana e inconsequente. ;p
"Toda saudade é uma espécie de velhice." - João Guimarães Rosa
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