quarta-feira, 21 de junho de 2023

Eu fui completa e perdidamente apaixonada por você, e o tempo correu maratonas no meu peito enquanto eu construía castelos em cima de areia movediça. O seu nome pode ter sido Daniel, Roberto, André, Carolina, Pedro, Kauam, Weslei, Eduardo, Felipe, Lucas, Alexandre, Diego, na verdade não importa. O fim da história é sempre o mesmo: mais um amor pra engolir a seco e guardar naquela mesma gaveta, como se fosse mais uma das contas de luz que já foram pagas. De tanto entulho, a gaveta emperrou e hoje a ideia de ter que colocar mais alguma coisa lá parece estapafúrdia. O meu peito -esse saco de areia- não tem mais couro pra ser socado. Estou cansada, os dias seguem uma corrente de tristeza que passa lavando todo raio de luz que ouse romper a própria casca. "As lágrimas que não se choram esperam em pequenos lagos? Ou serão rios invisíveis que correm para a tristeza?". Quero ir embora de mim, toda essa umidade está me afogando. 

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