quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Escrito em 11/08/09:

Daqui da sacada que não tenho, roubo ainda seus olhos do palácio em que se esconderam para que perfumem mais uma vez meus cabelos com a aquarela de flores que colhi enquanto fomos amor.Daqui do vigésimo andar subsolo, agarro-me às asas de meus pensamentos passionais gritando "vão-se embora"!Pendurada em meu peito, sua lembrança estremece, moribunda, batendo pé, negando-se a abandonar o plano principal de minha vida.Eu, vendo a cidade inteira por dentro, formalizo seu esgoto, vestindo-o com terninhos para que, se, um dia, você lembrar onde me deixou e quiser buscar-me, a bosta se apresente de forma digna.-


Nesse exato momento acabou a aula de Literatura e eu parei de escrever.
Depois de tanto tempo sem esboçar uma só linha que se borde, eu confesso que me sinto enferrujada.

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