quinta-feira, 17 de outubro de 2024
o tempo é uma piada de mau gosto.
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Foi quando eu chegar.
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Duplipensamento
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
domingo, 8 de setembro de 2024
O som dos seus olhos.
terça-feira, 6 de agosto de 2024
domingo, 4 de agosto de 2024
"Como se eu quisesse bis de algo que aconteceu há tanto tempo, mano."
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
Da exaustão de ser.
quinta-feira, 4 de julho de 2024
Despair.
Eu costumava ser umas daquelas pessoas encantadas que vêem sempre a beleza e a magia no amor. Eu via sempre cor e movimento, a música da vida ecoava dentro de mim como um tambor, eu amava de corpo inteiro. Eu costumava achar que valia a pena lutar por isso. E eu lutei. Eu lutei até não ter mais uma gota de sangue correndo no corpo. Eu lutei até a morte se instalar terrível e definitivamente no meu peito. Meu corpo, antes tão forte, tão ígneo, agora é cemitério, com seu silêncio e sua dor, vidas e mais vidas enterradas no que poderia ter sido, mas não foi, não é, não será. Quanta perda cabe no chão do meu corpo? Passo os dias, como numa esteira de aeroporto, entre despedidas intermináveis. É preciso ir embora todos os dias ao acordar, e tem dias - quase sempre - em que eu só queria poder ficar, me deitar no seu peito e descansar da luta. Será que um dia as feridas de facas nas costas se fecham? Será que algum dia posso voltar a andar olhando pra a frente? Será que quero? Aqui, de frente para o precipício, parece melhor me deixar cair. Foda é que eu já caí antes, e a queda não é tão boa quanto promete.
sábado, 11 de maio de 2024
Esqueça tudo.
Esqueça o que vimos juntos, esqueça o beijo que soltei no ar, esqueça que arrasei seu coração. Esqueça as nossas mãos entrelaçadas, o nosso sexo sorrindo, a minha voz grave chamando o seu nome. Esqueça que te amei tão rápido e com tal desenvoltura, como se te amasse há vinte anos e tivesse o sanativo pra cada nuance da sua dor, esqueça o quanto você me fez rir. Esqueça que temos o mesmo senso de humor e que você achou tão bonito o meu amor por aquela série, esqueça que achei bonito também o seu amor pela arte. Esqueça que parecemos feitos um pro outro, esqueça essa ideia louca de amor platônico, papo de duas metades de alma, você já não acredita nisso há tantos anos. Esqueça essa história de rever tudo pra ficar comigo. Esqueça que você já me ama, tão rápido, tão desengonçada e tão avassaladoramente. Esqueça o castanho dos meus olhos deitando nos seus, esqueça o sonho da nossa vida conjunta, esqueça que eu quero você também. Esqueça tudo, não foi nada demais, foi só um sopro.
Foda é que tem sopro que vira furacão.