quarta-feira, 5 de março de 2025

Em estado de Bahia.

As últimas semanas foram uma enxurrada de informações internas e externas. Eu, tão cheia de cascas estava, fui baixando a guarda e deixando que as águas das cachoeiras, e das chuvas do Carnaval, limpassem minha mente de tantos "e se". Estive recebendo mensagens de toda divindade que me acompanha. 

Carnaval é ritual, é andança, é chamamento, e eu sou sempre orientada nas minhas peregrinações. Tive medo do que comecei a ouvir de dentro de mim nas últimas semanas, briguei internamente, bati pé, mas não adianta, as coisas são o que são, eu sou o que sou. 

Estou feliz. A Bahia e o Carnaval renovam a minha fé na vida, a fé de que é possível sim manter a alegria, a bondade, a gentileza, o afeto, vivos. A fé de que podemos ser muito mais, mais gente, menos eus, mais nós. De que *EU* (risos) posso também. Me sinto como quem sai do culto, da missa, da gira, do sabbath: leve, limpa, acreditando em milagres, acreditando na vida. 

Vou então eu também ser água, serpentear pra onde a vida me faz escorrer, descobrir no meio do caminho, me infiltrar pela terra, pelas pedras, por tudo ao redor. Vejo meu caminho até antes da curva, mas como diria aquela música da disney "lá na curva o que é que vem pra mim?".

Tô animada pra descobrir.

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