Há, no poço do meu peito, bem perto das comportas de dor, algum líquido borbulhando freneticamente vinteequatrohoraspordia.Por vezes esse maldito líquido esparrama-se pelo corpo e atinge as tais comportas enchendo-me de uma dor que não é minha, mas que me toma.Noutros momentos torna-se de um azul humilde e plácido que me acalma afagando meus cabelos e segurando meus seios entre as mãos.Verdade seja dita, me deixa agoniada e ansiosa a maior parte do tempo e não tem um borbulhar quente, é quase um borbulhar sólido, se é que dá pra entender.
O reveillon foi bastante trêmulo, mas foi doce também.Nada que bons momentos frente ao mar e a dor de um piercing não solidifiquem.
Eu te amo, R.S.
A.R.
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