Há um pouco, um resquício, um sobressalto de nós na minha falta de ar eterna. Qualquer paliativo, cá pra dentro. Entre Dramins, Lexotans, cigarros, baseados, beijos sem amor, mãos e pernas se roçando e qualquer coisa etílica que não me desça doce, eu acordo todos os dias cansada de tudo. E, todos os dias, levanto e me encho de programas maravilhosos e paetéticos* que me tocam apenas nas beiradas e que têm por único objetivo ter o carão de "i'm fucking over it". E o corpo já nem suporta, se desmonta e dói, tudo dói. E ando frígida, mas não no corpo; lá dentro é que sou uma cachoeira gelada onde as águas passam, devoram as pedras e seguem pra nunca mais. E em mim agora é só isso, eu sou só isso.
*neologismo: de paetê.
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